Quem nunca ouviu esta pergunta que atire a primeira pedra.
Para falar a verdade, a motivação para este post foi o jogo que, graças a uma combinação de coincidências profissionais, consegui assistir pela televisão (somente o segundo tempo). Estou falando da semifinal da Copa dos Campeões da Europa entre Barcelona e Internazionale, onde acredito, deve ter sido uma das maiores audiências do futebol neste ano de 2010, graças ao Barcelona que desde o começo da temporada vem encantando a todos com um futebol arte, e que não é tão comum no futebol europeu. No primeiro jogo da semifinal, depois de enfrentar horas de viagem de ônibus, já que não podiam voar até a Itália por problemas da erupção do vulcão, o Barcelona perdeu a partida por 3x1 e já entrou neste jogo com a desvantagem de ter que marcar 2 gols para se classificar. Sinceramente, não seria uma missão impossível já que o futebol apresentado era mais que suficiente e além disso, havia na equipe o melhor jogador do mundo, o craque Messi que vinha resolvendo tudo. Voltando ao jogo, o que se viu hoje foi um time que jogou com o “regulamento embaixo do braço” e outro time que não conseguiu vencer o nervosismo e a retranca apresentada pelo adversário. Mesmo jogando 70% da partida com um jogador a mais, o Barcelona não conseguiu vencer a partida por dois gols de diferença (fizeram apenas um no final do segundo tempo). Para quem acompanha futebol, mais parecia um treino chamado “Ataque contra Defesa”.
Os comentaristas esportivos de oportunidade, que diziam na semana passada que o Barcelona seria campeão, já começaram a falar que “não adianta jogar bonito, tem é que vencer” e elogiavam o Internazionale. Outros jornalistas lastimavam a infelicidade de não ter o Barcelona na final e soltavam comentários insinuando a covardia do time da Internazionale em jogar todo o tempo na defesa. Confesso que eu estava despreocupado com o resultado, pois não torço por nenhum outro time além do meu querido Palestra Itália, mesmo assim fiquei decepcionado em ver um jogo tão ruim. Não sei quem vai ser campeão, mas o certo é que o grande herói Barcelona ficou de fora e o covarde Internazionale está na final. No próximo ano ninguém se lembrará deste jogo, mas o Campeão da Europa jamais será esquecido e ficará registrado nos livros do futebol. Será que não passamos por situações semelhantes na nossa vida profissional? Será que a vezes não seria melhor recuar do que atacar?
Se tivesse que escolher, como você lideraria seu time? Focado no espetáculo ou no resultado?