quarta-feira, 28 de abril de 2010

Um covarde vivo, ou um herói morto?

Quem nunca ouviu esta pergunta que atire a primeira pedra.

Para falar a verdade, a motivação para este post foi o jogo que, graças a uma combinação de coincidências profissionais, consegui assistir pela televisão (somente o segundo tempo). Estou falando da semifinal da Copa dos Campeões da Europa entre Barcelona e Internazionale, onde acredito, deve ter sido uma das maiores audiências do futebol neste ano de 2010, graças ao Barcelona que desde o começo da temporada vem encantando a todos com um futebol arte, e que não é tão comum no futebol europeu. No primeiro jogo da semifinal, depois de enfrentar horas de viagem de ônibus, já que não podiam voar até a Itália por problemas da erupção do vulcão, o Barcelona perdeu a partida por 3x1 e já entrou neste jogo com a desvantagem de ter que marcar 2 gols para se classificar. Sinceramente, não seria uma missão impossível já que o futebol apresentado era mais que suficiente e além disso, havia na equipe o melhor jogador do mundo, o craque Messi que vinha resolvendo tudo. Voltando ao jogo, o que se viu hoje foi um time que jogou com o “regulamento embaixo do braço” e outro time que não conseguiu vencer o nervosismo e a retranca apresentada pelo adversário. Mesmo jogando 70% da partida com um jogador a mais, o Barcelona não conseguiu vencer a partida por dois gols de diferença (fizeram apenas um no final do segundo tempo). Para quem acompanha futebol, mais parecia um treino chamado “Ataque contra Defesa”.

Os comentaristas esportivos de oportunidade, que diziam na semana passada que o Barcelona seria campeão, já começaram a falar que “não adianta jogar bonito, tem é que vencer” e elogiavam o Internazionale. Outros jornalistas lastimavam a infelicidade de não ter o Barcelona na final e soltavam comentários insinuando a covardia do time da Internazionale em jogar todo o tempo na defesa. Confesso que eu estava despreocupado com o resultado, pois não torço por nenhum outro time além do meu querido Palestra Itália, mesmo assim fiquei decepcionado em ver um jogo tão ruim. Não sei quem vai ser campeão, mas o certo é que o grande herói Barcelona ficou de fora e o covarde Internazionale está na final. No próximo ano ninguém se lembrará deste jogo, mas o Campeão da Europa jamais será esquecido e ficará registrado nos livros do futebol. Será que não passamos por situações semelhantes na nossa vida profissional? Será que a vezes não seria melhor recuar do que atacar?

Se tivesse que escolher, como você lideraria seu time? Focado no espetáculo ou no resultado?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Liderança - Quanto vale um líder?

Bemvindos ao meu blog. Este é meu primeiro post e gostaria que fosse um tema especial. Escolhi falar sobre liderança. Não que eu tenha muita experiência com isso, mas porque acabei de ler o livro "Combate de Paz" que um amigo, Luciano Moreira, escreveu sobre sua experiência no Haiti. Luciano é Tenente do Exército Brasileiro e comandou 30 homens em uma missão de combate nas favelas do Haiti por 6 meses. Este livro, muito bem escrito, com narrativas que prendem a atenção do leitor do começo ao fim, traz, nas entrelinhas, a história de um comandante que conseguiu guiar sua tropa em várias situações reais de risco de morte e não perdeu, em momento algum, o apoio de seus subordinados. Muito pelo contrário, seus subordinados sentiam orgulho de ser um soldado Chacal e arriscariam suas vidas para defender seus objetivos. Para falar a verdade, lendo o livro, a vontade que tive foi de largar tudo e entrar para o exército brasileiro. Mas não qualquer comando, eu queria fazer parte do Chacal e ser comandado por este líder. Pode parecer um tanto quanto exagerado, mas este é o verdadeiro papel de um líder, independente da sua profissão, os verdadeiros líderes conseguem, com suas atitudes, que as pessoas os sigam e os acompanhem em seus objetivos. Salários e benefícios sustentam talentos nas empresas por um tempo até que outras propostas apareçam... e um líder de verdade? O que pode fazer por sua empresa?Quanto vale?
Não gosto de livros de auto-ajuda e “Combate de Paz” tampouco o é. Em uma leitura despretensiosa consegui captar a mensagem subliminar envolvida no contexto... ou será que o verdadeiro líder conseguiu, através da escrita, me guiar como fez com seus homens no Haiti?

Obrigado Luciano por dividir sua experiência comigo e por fazer parte do Exército Brasileiro!!!

Fica aqui a dica, o livro somente é vendido pela internet, pela editora Baraúna.