A noite foi maravilhosa e os amigos que compareceram se divertiram bastante.
Na segunda-feira, mais no final do dia, recebi a ligação do Adriano* me perguntando se o Márcio* havia ido ao happy hour e, qual não foi a sua surpresa ao ouvir a minha resposta afirmativa.
A partir deste momento, ele descarregou um monte de desabafos sobre: responsabilidade, comprometimento e de que ninguém o respeitava, que ele estava muito desmotivado, etc, etc e etc. Somente para esclarecer, o Marcio e o Adriano trabalham na mesma empresa. Deixei-o falar sem interrupções e confesso que foram longos minutos. Parecia até que ele tinha feito estágio com uma vizinha que tive quando morava em São Paulo, praticamente um monólogo rsrsrs.
Após este longo período de monólogo, nos despedimos, ele agradeceu por eu tê-lo escutado e terminou a ligação dizendo “Cara, se você souber de qualquer empresa que precisar de alguém na minha área me dá um toque? Não aguento mais trabalhar aqui!”.
Já de noite, como faço todos os dias para relaxar, caminhava com meu cachorro pelas ruas do condomínio onde moro na cidade de Vinhedo, e fiquei matutando a história que ouvi de Adriano. Para resumir o que aconteceu, Adriano, cumpriu com sua obrigação profissional e para isso teve que brigar com a esposa que reclamava de que ele trabalhava muito e também deixar de passear com os filhos no domingo, entre muitas outras abdicações pessoais durante seu final de semana turbulento. Na segunda-feira pela manhã, orgulhoso por ter finalizado o trabalho no prazo, ouviu do seu chefe que o Marcio, cheio de motivos e desculpas, não havia finalizado a parte dele e, portanto, como os dois trabalhos faziam parte do mesmo report, que o prazo fora estendido até a próxima quarta-feira para que ele tivesse tempo hábil de finalizar.
Certo ou errado, este líder acabou punindo o Adriano por ter cumprido sua tarefa no tempo estipulado, simplesmente por ter dado uma segunda chance ao Marcio e aceitado suas desculpas. Sem perceber, ao não chamar a atenção de Márcio e ao não puni-lo formalmente, ele iniciou um processo de desmotivação ao restante do time que cumpriu com os deveres dentro do prazo. Agindo assim por um longo período de tempo, pode-se perder o controle da situação e criar, na empresa, um clima de impunidade e gerar muitas ilhas, onde cada grupo começa a defender suas métricas e objetivos pessoais já que não serão cobrados pelos objetivos comuns da empresa.
Uma verdadeira onda de desmotivação pode ser desencadeada, verdadeiros high potential podem ser perdidos e uma empresa pode perder mercado, simplesmente por poupar os maus.
Um grande abraço a todos
Marcel Picheli
* Os nomes verdadeiros foram preservados
sensacional os nomes foram preservados.
ResponderExcluirEngraçado eu me chamo Márcio e meu irmão Adriano e trabalhamos juntos hahahaha Quem seria então o nosso lider? ahhhhh tá já sei kkkkkk
kkkkkk valeu pela homenagem ou pegadinha do malandro hahaha
kkkkk. realmente Tio Mathias usei o nme de vcs mesmo, e repara que o folgado é o Marcio...kkkkk mas fica tranquilo que isso não aconteceu com vcs... primeiro que vc nunca deixaria de beber por causa de trabalho...kkkkk... abraços
ResponderExcluirAdorei!! Agora...me conta quem é a vizinha do monólogo....kkkkkkk
ResponderExcluirPaty, se eu falar vc vai saber...kkkkkkk
ResponderExcluirMarcel. Li seu blog todo . Tem mesmo sua cara. Tem seu perfil, boa gente, bom carater. facilidade de se comunicar pela escrita. Esse texto me deu luz pra aplicar no gerenciamneto da Orquestra . Regularmnete tebho esse problema do bom e do mau integrante. Valeu
ResponderExcluirVou te acompanhar
Jerci, Obrigado pelo seu comentário... fico feliz de saber que vc leu e mais feliz ainda em saber que meu texto poderá ser útil a vc... um grande abraço Amigo...
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