
Demorei bastante para escrever novamente... não é fácil ser um pai, principalmente de primeira viagem... como mencionei no último post, temos que definir as prioridades e até então, o blog está perdendo para meu filho e o trabalho... nesta ordem!!!
Entre uma brincadeira e outra com meu filho, entre um cliente e outro no trabalho, consegui escrever este post abaixo que, com certeza, será o último do ano de 2011, e como estamos em época de natal, ficamos mais expostos emocionalmente. (se tiver algum erro de português dá um desconto, são 00h35 da madrugada)
Apesar das muitas leituras, conversas e experiências adquiridas sobre liderança, muitas vezes nos pegamos em situações que não sabemos como lidar, mesmo com tudo aquilo que aprendemos. O caso que vou descrever abaixo aconteceu comigo em um supermercado em São Caetano do Sul.
Era um domingo de manhã, após o batizado do meu filho Pedro, aproximadamente 11h00 da manhã me dirigi ao supermercado para comprar alguns supérfluos para beliscar antes do almoço que minha irmã e minha mãe preparavam para todos. Me dirigi ao caixa do supermercado que estava menos cheio e, antes de mim, na fila, estavam duas crianças, maltrapilhas, visual tipico de meninos de rua com suas roupas sujas de poeira urbana conseguidas nas horas de trabalho mendigando ou vendendo balas no semáforo.
Sobre a esteira do caixa, eles cuidavam de um pacote de salgadinhos e duas latas de refrigerantes. Visivelmente ansiosos, enquanto o mais novo se distraia vendo as latinhas rolarem pela esteira, o maior contava as moedas para ver se tinham dinheiro suficiente para pagar a conta.
Eles conversaram algumas coisas que não consegui ouvir, meus pensamentos estavam presos tentando tomar uma decisão que, a primeira vista, pareceria fácil, mas nunca imaginei que seria tão difícil assim.
Por impulso solidário me perguntei se deveria ou não me oferecer para pagar a conta dos meninos?
Esta indecisão de fazer uma boa ação e pagar a conta dos meninos que contavam suas moedas começou a mexer com a minha mente... pagar ou não a conta?
Pode parecer uma decisão fácil, mas na posição de líder ou principalmente na posição de pai, qual seria a melhor alternativa. Me lembro até agora do valor total das 2 latas de refrigerantes e o pacote de salgadinhos, R$ 5,95.
Alguns amigos iriam dizer, “Paga logo esta porra e ajuda os meninos”, outros simplesmente falariam "Os ignore, pois não é problema seu, isso é obrigação do Estado cuidar de crianças de rua"... e outros ainda diriam, “Meninos? Que meninos?”.
A verdade é que eu não estava preocupado com a ação que eu iria tomar, isso era fácil decidir, eu estava preocupado com as conseqüências da minha ação.
Me oferecer para pagar a conta poderia ser interpretado pelas pessoas ao redor como uma boa ação e que eu era uma pessoa generosa.
Bom para o meu marketing pessoal?
Poderia ser uma oportunidade e tanto, por apenas R$ 5,90... e na prática?
Eu não estaria desrespeitando os meninos? Menosprezando seu trabalho e tirando o direito deles de comprar algo com o próprio suor?
O salgadinho e o refrigerante era a recompensa por um trabalho que, independente de onde surgiram aquelas moedas, não foi fácil consegui-las. Eu não tinha o direito de estragar aquele momento de conquista e o prêmio daqueles meninos, talvez, na cabeça deles, naquele momento, existisse o pensamento de que o trabalho compensa.
Eis a questão!!!
Desejo a todos um Feliz Natal e um 2012 repleto de conquistas e realizações.
Mas e aê meo? pagou ou não pagou a conta? Me deixou curioso agora...
ResponderExcluirUm abração pra vc, para a lê e para o Pedrão (isso mesmo, aquele do comercial que manda no Luan Santana, etc...rsrs)
Também um Feliz Natal e um 2012 cheio de realizações para vocês.
Abs.
Fábio Ferrante
Pois é Fábio... deixei a natureza seguir seu caminho natural e não interferi no destino dos meninos...rsrsrsr
ResponderExcluirValeu amigo... um abraço procê, um beijo pra Rô... e um 2012 de muito sucesso!!!
Mas... e o fim da historia pagou ou não.... estou curiosa rsrsrsrs
ResponderExcluirTenha um ótimo natal cheio de novas esperanças..
bejios
Pagar não era importante.... o futuro da criança é o que conta... ver aqueles meninos sairem do supermercado com um sorriso no rosto de ter conquistado algo? Não tem preço!!!
ResponderExcluirGrande Marcel!!! Você esqueceu de citar em seu blog que é 10 cípu-lo do Mestre Beto!!!!
ResponderExcluirMeu querido 10cípulo Beto... vc tem total razão...grande parte do meu desenvolvimento devo a vc... um grande líder que conheci no início de carreira e que foi fundamental para o meu desenvolvimento!!! Obrigado mestre!!!
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